sexta-feira, 2 de outubro de 2009

A JUVENTUDE DE HOJE

Sendo estudante universitário por 16 anos e professor universitário por 20 em cinco universidades, me arrisco a dizer que tenho um certo grau de conhecimento em relação aos jovens. Ate porque já fui um deles!
Do tempo em que era aluno ate hoje, muitas coisas mudaram no comportamento dos jovens. Primeiro, eles não são mais sonhadores nem idealistas, são pragmáticos ao extremo! Não estão interessados em conteúdo e sim na utilidade das coisas, que eu defino como geração prática: somente aprendem aquilo que serve para encontrar um emprego. Segunda, na minha geração estávamos interessados em conhecer questões paralelas à nossa formação técnica, porque queríamos tener cultura, marcar posição política, por isso, era imprescindível a leitura de filosofia, economia e política. Eles possuem uma confiança extrema na tecnologia, que os leva a ignorar, interagir ou avaliar incorretamente o mundo real. Isso desemboca num individualismo e falta de solidariedade sem limites. E uma geração egoísta!
Acho que quem tem grande parte da culpa desse tipo de comportamento somos nos mesmos, os da geração anterior, que eu chamaria de “geração consciente”. Fomos nos que levamos ao mundo a esse beco em que esta. São os políticos da nossa geração que atualmente tem o poder no mundo! Ou seja, sejamos sinceros: politicamente erramos de forma redonda! Senão vejamos, pergunta aos jovens dessa geração se eles gostariam de beber uma cerveja, por exemplo, com qualquer primeiro ministro de um pais da Europa, com o presidente da China, Russia, Estados Unidos, etc. Se eles podem escolher, com certeza vão preferir compartir um momento desses com um popstar. Ou seja, não acreditam em políticos, e eu lhes dou a razão. O ruim de todo isso e que estamos dentro de um circulo vicioso: por causa disso temos os políticos que temos, e como conseqüência disso, há poucas possibilidades dos melhores quadros irem a política e tentar mudar esse quadro ruim que ai esta.
E, a situação esta ruim mesmo, péssima, mas não desesperadora, não há porque ser pessimista. Pelo contrario, sou otimista e penso que esse quadro negativo vai ser mudado com a entrada da mulher em cena e a sua participação em todos os setores e níveis da sociedade, o que lhe da uma nova componente ao problema exposto, uma esperança e mostra uma luz no final do túnel. Afinal, o homem não vai concorrer somente com os seus semelhantes trogloditas, vai ter que concorrer com as mulheres, e não com as coitadinhas de antanho, senão com as competente de hoje, as quais tem outra percepção da realidade, e, no meu modo de ver, mais sofisticada, mais inteligente,mais dedicada e mais delicada.

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