sábado, 6 de fevereiro de 2010

Óleo precioso


O que há em comum entre andar de carro e embalar as compras do supermercado? Pouca gente se dá conta, mas há uma série de atividades, no nosso dia-a-dia, que dependem de uma substância que demorou milhões de anos para existir na natureza. Tanto a gasolina que move os carros quanto o plástico dos saquinhos de compras do supermercado provêm do petróleo, substância formada, no interior das rochas, a partir do soterramento provocado pelos sedimentos dos despojos de seres microscopicos vivos, aliado a fortes pressões e altas temperaturas.



A quantidade de produtos derivados a partir do petróleo é grande — vai desde asfaltos e combustíveis, como gasolina, querosene, óleo diesel, óleo combustível, gás liquefeito de petróleo (GLP), até um grande número de produtos petroquímicos, tais como solventes, plásticos, óleos lubrificantes, parafina, vaselina, entre outros. Mas, a grande revolução da indústria do petróleo ocorreu com a invenção dos motores de combustão interna e a produção de automóveis em grande escala.



Entretanto, como todo produto extraído da natureza, o petróleo não vai durar para sempre. Estimativas de especialistas na área dão conta de que as reservas de petróleo existentes no planeta deverão se extingüir em no maximo um século. Até lá, o ser humano terá tempo suficiente para melhorar as técnicas de extração, pois atualmente, com a tecnologia disponível, só é possível extrair cerca de 35% do petróleo existente em cada reservatório, e, aperfeicoar energias do tipo renovaveis. Assim, o futuro do petróleo estará, com certeza, na exploração das reservas em águas profundas.



Por outro lado, a maioria das bacias sedimentares continentais do mundo são conhecidas, mas existem fronteiras que o homem somente agora está começando a explorar. No mar, em águas profundas (onde a PETROBRAS é a melhor companhia do mundo), existem estruturas geológicas chamadas turbiditos (de onde se retira atualmente mais de 90% do petroleo consumido no pais) e ainda outras conhecidas como carbonatos (no pre-sal, que em cinco anos podem dobrar ou triplicar as reservas do pais), que são grandes reservatórios de petróleo. Como 70% da superfície do planeta é coberta por oceanos e 50% destes são formados por águas profundas, pode-se dizer que existe grande possibilidade de se encontrar muitos turbiditos e muitos carbonatos em diferentes partes da Terra, os quais podem vir a possuir petróleo.




O medo, difundido em larga escala, de que a extração de petróleo pode ocasionar instabilidades geológicas e, conseqüentemente, abalos sísmicos nas áreas de extração não nao tem fundamento. Embora a extração retire os fluidos (água, petróleo e gás) presentes nos poros das rochas, os abalos produzidos por uma eventual acomodação das camadas geológicas seriam mínimos, diferentes dos provocados por grandes falhas geologicas como a que provocou o grande terremoto em Haiti. Não existe, na literatura científica, o registro de grandes terremotos produzidos nas proximidades de zonas de exploração de petróleo.



Muito mais preocupação deveriam causar as usinas hidrelétricas, como as de Itaipu, Tucurui, etc., por exemplo, pois o peso (pressao hidrostatica) que a água causa nas formações geológicas pode produzir falhas geologicas, e, com elas, grandes sismos, como já foi detectado em várias partes do mundo.


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